Projeto Para-Praia começa na orla de Ondina, em Salvador (BA)

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A edição 2015 do projeto Para-Praia, que permite o banho de mar assistido para pessoas com deficiência e pessoas com mobilidade reduzida, começou na manhã deste sábado, 3, na praia de Ondina, em Salvador (BA)

A iniciativa fica no bairro até 18 de janeiro, sempre aos sábados e domingos, das 8h às 13h. De 24 deste mês a 8 de fevereiro, o programa vai para a praia da Ribeira, ao lado da Cabana do Bogari.

Professora da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Luciana Oliveira afirma que, a cada dia de ação, três fisioterapeutas, dois educadores físicos e 14 estudantes de fisioterapia auxiliam na locomoção e no banho dos participantes.

A baiana Marisa Leão, de 44 anos, não tomava banho de mar há 20, até 2014, quando o projeto foi lançado. Ela conta que primeiro observou como os profissionais se comportavam e qual era o nível de segurança do banho. Depois, participou da atividade.

"Não é fácil para as pessoas com deficiência chegarem à praia, muito menos ao mar. Ter pessoas que nos ajudam a sentir a água do mar novamente é maravilhoso."

Parcerias

O banho de mar assistido no Para-Praia, que é gratuito, é uma iniciativa público-privada. Promovido pela Prefeitura de Salvador, por meio da Secretaria Cidade Sustentável (Secis), o projeto conta com cinco parceiros, entre eles o Grupo A TARDE.

Segundo o gestor da Secis, André Fraga, a praia é o lazer de mais fácil acesso em Salvador, mas "essa não era uma verdade"  para pessoas com deficiência.

"Este é o segundo ano do projeto, e o objetivo é ampliá-lo, para que, cada vez mais, a praia seja sinônimo de igualdade", disse Fraga.

Ainda de acordo com  André Fraga, todo o projeto de requalificação da orla – de Tubarão a Itapuã – contempla rampas de acesso e banheiros adaptados, para melhorar a acessibilidade às praias.

Ampliação

O Para-Praia chegou a receber mais de 40 pessoas no ano passado, quando a atividade era promovida apenas em Ondina. Este ano, a ação também vai contemplar a Ribeira e, com o reconhecimento do público, a Secretaria Cidade Sustentável (Secis) pretende ampliar o projeto ainda mais.

De acordo com André Fraga, da Secis, a ideia é levar a atividade para praias próximas a Itapuã. Mas alguns fatores precisam ser levados em consideração na hora da escolha dos locais.

“As praias escolhidas para essa atividade precisam ter algumas características específicas. Por exemplo, elas não podem ter uma rebentação muito forte. Isso precisa ser estudado. Nossa meta é que, a cada ano, atendamos mais um ponto da orla”, explica Fraga.

Projeto semelhante é executado no Rio de Janeiro há sete anos, na praia de Copacabana e da Barra da Tijuca.

Segurança

As pessoas com deficiência são conduzidas ao mar por estudantes e profissionais de fisioterapia, na cadeira anfíbia flutuante. Já na água, os participantes podem brincar com bolas e boias. Atividades como mergulho e stand up adaptados também estão previstas para este ano.

O produtor do evento, Renato Linhares, ressalta que o maior desejo de todos os envolvidos é transformar a praia em um local sustentável e inclusivo.

“Quem sabe até a gente tenha uma praia permanente de banho assistido ao longo do ano”, comenta Linhares.

Foto: Eduardo Freire / Divulgação. 

Fonte: A Tarde

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