Fundação BB estende prazo para inscrições do Prêmio de Tecnologias Sociais até maio

Entidades sem fins lucrativos do Brasil, da América Latina e do Caribe podem indicar suas iniciativas até 12 de maio

Arte em fundo verde, com os símbolos das deficiências intelectual, visual, física e auditiva dispostos verticalmente, da esquerda para a direita
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A Fundação Banco do Brasil, idealizadora do Prêmio de Tecnologias Sociais, prorrogou o prazo das inscrições do Prêmio de Tecnologias Sociais para o dia 12 de maio. Podem participar de um dos maiores prêmios do terceiro setor do país instituições de ensino e de pesquisa, fundações, cooperativas, organizações da sociedade civil e órgãos governamentais de direito público ou privado sediadas no Brasil, na América Latina ou do Caribe. As inscrições e os resultados de cada etapa do Prêmio serão divulgados no portal da Fundação Banco do Brasil e no BTS.

As iniciativas selecionadas vão concorrer a R$ 700 mil em prêmios divididos entre as categorias nacionais: “Cidades Sustentáveis e/ou Inovação Digital”; “Educação”; “Geração de Renda” e “Meio Ambiente” e as premiações especiais: “Mulheres na Agroecologia”, “Gestão Comunitária e Algodão Agroecológico” e “Primeira Infância”.

A edição deste ano também reconhecerá iniciativas do exterior na categoria “Internacional” destinada a iniciativas da América Latina e do Caribe. O objetivo é identificar e reconhecer tecnologias sociais que possam ser reaplicadas no Brasil e que constituam efetivas soluções para questões relativas a “Cidades Sustentáveis e/ou Inovação Digital”; “Educação”, “Geração de Renda” e “Meio Ambiente.”

O regulamento prevê um bônus de 5% na pontuação total obtida na classificação final para propostas que promovam a igualdade de gênero, além do protagonismo e empoderamento da juventude.

Em sua décima edição, o Prêmio Fundação BB de Tecnologia Social tem a parceria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Instituto C&A, Ativos S/A e BB Tecnologia e Serviços, além da cooperação da Unesco no Brasil e apoio da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Ministério da Cidadania e Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).

Uma voz de liberdade para detentos e pessoas com deficiência visual

Em 2011, o Conselho Comunitário de Segurança de Maringá – Conseg, apresentou ao Brasil e ao mundo o projeto Visão de Liberdade, uma iniciativa que atua com a participação de detentos na confecção de materiais didáticos para alunos cegos da rede estadual de ensino e pessoas com deficiência visual, atendidas pelo Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual de Maringá (CAP). Naquele mesmo ano a metodologia foi vencedora do Prêmio Fundação BB de Tecnologia Social, representando a região Sul do país.

Ao mesmo tempo em que a tecnologia social permite que as pessoas privadas de liberdade tenham oportunidade de inclusão social e integração da cidadania, o projeto também oportuniza que pessoas com deficiência visual tenham acesso à literatura e outros materiais, aumentando as chances de ingresso no mercado de trabalho.

Hoje, 30 apenados da Penitenciária Estadual de Maringá (PEM) e outros dez do regime semiaberto da Colônia Penal Industrial de Maringá prestam serviço três vezes por semana, durante seis horas por dia, na produção de livros digitados para impressão em braille, livros falados, materiais em relevo, maquetes e jogos adaptados, entre outros. A cada três dias trabalhados é reduzido um dia da pena para cada participante. Os livros falados levam de dois a três meses para serem concluídos. O diferencial do material produzido são as vozes e a sonoplastia, que dão finalização mais dinâmica aos áudios.

“Ser vencedor do Prêmio da Fundação BB foi de grande valor para nós. Uma premiação de tamanha importância, realizada por uma instituição tão respeitada como a Fundação BB nos motivou ainda mais a continuar com as atividades. A ideia também foi reaplicada na unidade do semiaberto em nossa cidade. Continuamos empenhados com o fortalecimento e crescimento do projeto, já que atende dois grupos muitas vezes extintos de nossa sociedade: as pessoas com deficiência visual e os apenados”, declarou Antonio Tadeu Rodrigues, presidente do Conseg Maringá.

Fonte: Fundação BB

 

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