Weimar Pettengill e Adauto Belli: ultramaratona pelo Pantanal rende documentário


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Daniel Limas, da Reportagem do Vida Mais Livre

Weimar Pettengill é ciclista e empresário. Adauto Belli é atleta, adestrador de cães e deficiente visual. Um dos sentimentos que os une é o gosto pela aventura. Essa união deu origem ao documentário “Ultramaratona no Pantanal”, lançado em março, que retrata a viagem que esses aventureiros fizeram de 120 km feitos em 24 horas, do Pantanal do Mato Grosso do Sul rumo à região do Passo do Lontra, em dezembro de 2009.

Esses 120 quilômetros não foram os únicos da história de Weimar e Adauto. No início de 2009, o ciclista teve a ideia de sair pedalando de Brasília a Paraty, no Rio de Janeiro, e decidiu compartilhar a jornada com uma pessoa que dificilmente teria oportunidade igual. Ele fez o convite a Adauto e os dois pedalaram em uma bicicleta tandem (dupla) por 18 dias ou 1.800 km. Quando voltaram a Brasília, o deficiente visual propôs uma nova aventura a Weimar – correr uma ultramaratona em um local inóspito, no caso o Pantanal.
Dirigido por Caetano Curi, o documentário é resultado da parceria do Senai com a Cinevideo Produções, empresa de Mônica Monteiro. O Senai mantém um programa desde 2004 voltado especificamente a ações inclusivas.
O Vida Mais Livre ficou curioso com essa história aventureira e de superação e quis conhecer um pouco mais sobre os dois. Acompanhe, abaixo, um bate papo exclusivo:
Vida Mais Livre: Quais foram as maiores dificuldades enfrentadas ao longo das 24 horas e 120 quilômetros de corrida?
Adauto Belli: A maior dificuldade foi adquirir confiança enquanto o Weimar aprendia a lidar com a guia.
Weimar Pettengill: Na minha opinião, a principal dificuldade foi me adaptar à guia para conduzir o Adauto. Depois, foi ter resistência física e psicológica.
VML: Quais as maiores lições aprendidas com esta corrida? O que vocês mais aprenderam com esta viagem?
Adauto Belli: Sempre tem um novo aprendizado em cada corrida. Neste caso, foi a superação dividida por dois.
Weimar Pettengill: Aprendi que tudo está na cabeça. Quando a cabeça decide que quer, você consegue.
VML: Vocês já se conheciam antes do documentário ser filmado. Algo mudou na relação entre vocês após esta corrida pelo Pantanal?
Adauto Belli: Com certeza, os laços de amizade e confiança ficaram mais fortes.
Weimar Pettengill: Nós nos conhecemos no limite máximo que uma relação de amizade pode permitir.
VML: Vocês tiveram algum conflito ao longo da viagem?
Adauto Belli: Passamos por várias dificuldades. Principalmente no ponto da corrida em que a parte mais vulnerável tem que assumir uma postura de liderança. Foi uma inversão de papéis para continuarmos com a corrida.
Weimar Pettengill: Vários. Você imagina o que a interdependência faz quando se está em uma situação limite? A interdependência sozinha já é um fator grave de estresse. Eu não podia desistir, nem ele; ele não podia mudar de ideia, nem eu pra tudo acontecer.
VML: Vocês pararam para conversar com outras pessoas pelo caminho? Conheceram outras pessoas com deficiência?
Adauto Belli: Sim. Como fizemos diversas paradas, conversamos com algumas pessoas. Muitos achavam que nós éramos loucos de correr naquela região. Infelizmente, não chegamos a conhecer outras pessoas com deficiência na ultramaratona.
Weimar Pettengill: Sim. A cada trinta quilômetros fizemos uma parada para trocarmos de tênis e nessas ocasiões falávamos com as pessoas da região. Alguns passavam de carro e perguntavam o que a gente estava fazendo. Quando escutavam as nossas respostas, ficavam surpresos e diziam que éramos loucos.
VML: O que vocês objetivavam ao correr esses 120 quilômetros?
Adauto Belli: A realização de um sonho. Eu queria correr uma ultramaratona num lugar inóspito.
Weimar Pettengill: A realização do sonho do Adauto, que acabou tornando-se meu também. ‘Caramba, será que eu consigo?’ É nisso que eu pensava também.
VML: Pretendem fazer novas aventuras como esta?
Adauto Belli: Com certeza vamos fazer novas aventuras. Outra corrida? Vai depender do meu parceiro.
Weimar Pettengill: Com certeza vamos fazer novas expedições. A próxima será em junho e vamos descer o Rio Amazonas remando, de Manaus a Parintins.
VML: Como vocês se prepararam física e emocionalmente para esta corrida?
Adauto Belli: Eu já estava preparo fisicamente. Então, procurei preparar mais a minha mente. A determinação seria vital para atingir o objetivo e “ver” a chegada.
Weimar Pettengill: Quando decidimos em fazer a corrida, tínhamos apenas dois meses para nos preparar. Procuramos profissionais de várias áreas, fizemos check up e foi elaborada uma estratégia de trabalho. A minha preparação foi diferente da do Adauto, que precisava de maior resistência. Eu, fortalecimento. Com relação à parte emocional, posso dizer que me preparei só quando escutei “já!”.

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