Maria Claudia

Meu nome é Maria Claudia, irei contar um pouco da minha história e superação de vida. Sofri um acidente, o qual me resultou na amputação do meu braço direito, me restando apenas 8 centímetros de braço. No início, achei que não iria suportar as dores e a perda, mais acabei me surpreendendo comigo mesma, e em menos tempo do que todos imaginavam.

Ainda tenho fortes dores, as dores chamadas de (dor fantasma). É inacreditável como uma pessoa amputada se torna forte, destemida, e que nem estas dores, que fazem doer onde não existe mais membro, são capazes de enfraquecer ou desanimar. Creio que assim como eu, o desejo do amputado em si é retribuir a perda com alegria, desejo constante de ser feliz. Valorizar cada minuto como se aquele minuto fosse o último minuto de vida.

Hoje, o meu maior desejo é de alguma forma mostrar pra sociedade em geral, principalmente, para as pessoas que enxergam um amputado como um deficiente, mal sabem eles, que na verdade somos (eficientes) guerreiros e grandes. Me chamo de grande, porque às vezes, até eu mesma me admiro de tanta força, de onde vem não sei explicar, talvez seja na enorme vontade de viver a vida como eu sempre vivi, sem obstáculos algum. Sei que sou capaz de viver feliz e fazer muitas pessoas felizes, afinal, a felicidade bem sucedida contagia a qualquer ser que esteja disposto a viver e viver imensamente feliz.

Posso ser amputada de um membro, mas meu coração bate como exatamente bateu sempre. Parece até que hoje bate melhor, pois consigo fazer algo novo, ou seja, algo que não fazia antes, não consegui fazer ontem e fiz hoje.