A Editora Evoluir lançou recentemente o projeto Baú das Artes – Edição 2014, que distribui materiais paradidáticos para escolas municipais de Ensino Fundamental (EMEF). Entre eles, estão 20 livros que foram adaptados com o recurso acessível de audiodescrição. Diferencial que beneficia, especialmente, crianças com deficiência visual, baixa visão e até mesmo deficiência intelectual.
Como explica Thiago Barros, roteirista audiodescritor da Iguale Comunicação de Acessibilidade, empresa responsável pela execução deste projeto acessível para a Editora Evoluir, o trabalho de desenvolvimento dos audiolivros com audiodescrição compreende a intercalação, em meio ao texto original e às falas das personagens, das descrições das imagens dessas personagens, suas ações e os locais onde se encontram. Feito que garante ao público-alvo uma compreensão mais assertiva acerca do conjunto de cada obra.
Segundo Thiago, uma das peculiaridades deste trabalho foi, além da revisão cognitiva feita por uma pessoa com deficiência visual – procedimento padrão nas produções da Iguale para avaliar a qualidade do recurso acessível que está sendo produzido –, a consultoria da pedagoga de Educação Especial para Deficiência Visual e presidente fundadora do Projeto Acesso, Vera Lucia Lorenzzi Triñanes Zednik. “Essa consultoria garantiu que aspectos pedagógicos importantes não fossem deixados de lado no processo de adaptação das ilustrações para a audiodescrição”.
Todo o trabalho da Iguale compreendeu as seguintes etapas: adaptação de conteúdo; revisão cognitiva; composição das trilhas sonoras específicas para cada um dos livros; gravação, edição e mixagem dos áudios (total de 123 horas de trabalho) e revisão do conteúdo. Em cada audiolivro, além do narrador principal e do narrador audiodescritor, outros atores interpretam as personagens. E mais, todos os CDs receberam o título do livro em Braile, para a devida identificação.
“Os temas dos livros da Evoluir estão sempre ligados à sustentabilidade e qualidade de vida, assuntos que, como a acessibilidade, ganham cada vez mais importância na sociedade contemporânea. A Iguale Comunicação de Acessibilidade entende que tratar esses conceitos como parte da educação desde a infância é fundamental para a estruturação de cidadãos mais conscientes, atuantes e participativos”, complementa Thiago sobre a identificação da empresa para com a proposta do projeto Baú das Artes.
A diretoria da Editora Evoluir considera o trabalho da Iguale, empresa pioneira em comunicação acessível, sério e profissional, assim como de muita competência, tal qual o trabalho desenvolvido pelo Baú das Artes. Por isso, acredita que esta é uma parceria que condiz com os seus objetivos de levar acessibilidade aos alunos beneficiados pelo projeto.
Ainda de acordo com a diretoria da Editora Evoluir, a decisão de se fazer os audiolivros ocorreu a partir da entrega da coleção anterior do Baú das Artes nas escolas e, também, nas suas apresentações em workshops, com os próprios gestores e professores. Nestas ocasiões observou-se que alguns alunos não conseguiam interagir com a metodologia porque tinham algum tipo de deficiência, principalmente a visual. Foi então que se comprovou a necessidade de se pensar o Baú das Artes também de modo acessível.
Mais informações sobre o Projeto Baú das Artes no www.baudasartes.net.
Fonte: Blog da Audiodescrição