Projeto ensina dança para crianças, deficientes e idosos em Araxá (MG)

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Levar a dança e a música para pessoas que não têm acesso é o objetivo de um projeto em Araxá, no Alto Paranaíba. O "Araxá Dance Company – Dança Comunidade" foi idealizado pela professora Wânessa Borges. A dançarina, que nunca encontrou barreiras na arte, começou com um trabalho de dança para cadeirantes e decidiu expandir. Atualmente, a atividade atinge crianças, idosos, pessoas com deficiência visual, mental e de mobilidade reduzida em diferentes instituições da cidade.

Segundo Wânessa, não há distinção. "Nossos instrutores são cadeirantes e 'andantes'. Esta convivência entre eles deixa tudo natural e é a partir disso que há a inclusão. Fazemos tudo isso pensando na qualidade da dança de forma profissional e o conviver entre as pessoas", destacou.

O projeto atende a Associação dos Aposentados e Pensionistas, a ala de pessoas com deficiência mental do Hospital Casa do Caminho, o Centro Educacional Infantil Vovó Sérgia, o Recanto do Idoso São Vicente, o Centro Social Urbano (CSU) e a Associação de Assistência a Pessoa com Deficiência (Fada). De acordo com a professora, a modalidade da dança varia. "Para idosos, por exemplo, trabalhamos com dança de salão. Já crianças com danças populares, balé e musicalização. Para os alunos deficientes mentais, dança terapia", explicou.

Ao todo, 15 profissionais, dentre eles cinco com algum tipo de deficiência, qualificaram-se para repassar o conhecimento. "Nossa missão é abrir possibilidades. Nos primeiros dias que fomos trabalhar com crianças, elas não queriam as nossas músicas e sim funk ou axé. Hoje, elas têm disciplina, bons hábitos e aceitam os clássicos do balé. Conquistamos as pessoas com deficiência mental pelo som, colocamos o que eles gostam de ouvir. Para os aposentados e idosos, variamos a dança de salão. Se eles querem só forró, mostramos possibilidades como o tango e o bolero", contou Wânessa.

De acordo com a idealizadora, o trabalho realizado durante um ano será apresentado no Teatro Municipal de Araxá, entre os dias 21 e 27 de julho, além de participar de mostras em cidades vizinhas. "Independentemente do belo espetáculo, só o fato de estarem no palco e ultrapassando todas as barreiras, isso já é alcançar o meu objetivo, além de ver a evolução e a melhor aceitação. Levo a arte até eles e, se eles acatarem, é sinal de que deu e está dando certo", concluiu.

Fonte: G1

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