Apple promete digitalizar voz de pacientes da Esclerose Lateral Amiotrófica

A empresa desenvolveu a tecnologia Personal Voice para ajudar quem vive com a doença

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Pessoas com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) poderão, em breve,  criar e usar facilmente a versão digitalizada de sua própria voz com iPhone, iPad ou Mac. A utilização da tecnologia será possibilitada por meio de recurso de  acessibilidade que a Apple planeja lançar ainda em 2023, o Personal Voice (“Voz Pessoal”, em tradução livre).

Com o Personal Voice, iPhones e outros aparelhos da Apple poderão “falar” usando a voz da pessoa usuária. A princípio, a empresa desenvolveu esse recurso para ajudar quem tem ELA a “digitalizar” sua própria voz, assim como fazia o físico Stephen Hawking, que também tinha a doença.

Novo recurso da Apple

Atualmente, o Personal Voice precisa de apenas 15 minutos de frases faladas para treinamento e fazer todo o processamento no aparelho. As vozes produzidas funcionam nos próprios aplicativos da Apple, bem como em aplicativos de Comunicação Alternativa e Aumentativa (AAC) de empresas como a AssistiveWare.

A companhia informou que qualquer Mac com processador da marca (M1, M2, M3) suportará a criação de Personal Voices, mas ainda não divulgou quais modelos de iPhone e iPad serão compatíveis com a nova ferramenta.

O recurso aproveita a tecnologia Neural Engine da empresa, que otimiza núcleos de computação dedicados em seus processadores para inteligência artificial. O processamento inicial é um trabalho exigente o suficiente para que pessoas usuárias possam deixá-lo rodando em seu dispositivo enquanto carrega durante a noite e, pela manhã, a voz digitalizada estará pronta para uso.

Impactos da doença

A doença progressiva ao enfraquecer músculos da garganta e da boca, torna a fala cada vez mais difícil. Quem vive com ELA, eventualmente pode perder capacidade de falar. Quando a fala é impossibilitada, a síntese digital se torna uma ferramenta essencial de comunicação. 

Durante anos, pessoas com ELA conseguiram se planejar para essa eventualidade, criando uma versão digitalizada de sua própria voz em um “banco de voz”, que é um processo trabalhoso e demorado. Embora seja recomendável fazê-lo antes que a doença avance demais, é um procedimento caro e que é adiado por muitas pessoas. Agora, a Apple pretende facilitar esse processo.

Em 2019, quando o empresário Philip Green fez seu banco de voz, cerca de 1,5 mil frases foram gravadas para fins de treinamento, levando apenas semanas para serem concluídas. 

Com informações de Fast Company, via OlharDigital

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