O Tribunal Superior do Trabalho decidiu, recentemente, que não pode haver punição com multas e indenizações para as empresas que comprovarem que não conseguiram profissionais suficientes para preencher a cota reservada para pessoas com deficiência. A determinação, contudo, não isenta as companhias da obrigação de promover a admissão de profissionais com deficiências.
Apesar de a contratação de funcionários com deficiência ou necessidades especiais ser uma exigência de ordem legal, faz parte da boa prática da gestão estimular a integração entre os colaboradores e utilizar esses benefícios como fatores de contribuição para melhorar o desempenho da empresa como um todo.
“A chegada de alguém numa condição diferente pode trazer benefícios para a equipe, destacando-se a solidariedade, uma maior integração entre as pessoas e o estímulo ao sentido humanitário dos colegas”, comenta o coordenador do curso de Administração da Universidade Cruzeiro do Sul, professor José Carlos de Souza Lima.
Para promover efeitos positivos na empresa que vão além da própria contratação, Lima explica que é importante que o profissional com deficiência seja alocado em atividades ou funções que tenha a condição de executar. Ele também alerta que os demais funcionários devem ser preparados para receber bem o novo colega, sem, por outro lado, fazê-lo sentir-se mal por ser diferente. “Na verdade, apesar da diversidade, todos devem se sentir iguais na medida em que pertencem a uma mesma organização”, completa.
O professor esclarece que muitos pensam que o profissional com deficiência terá dificuldades específicas, mas os obstáculos são semelhantes a qualquer funcionário recém-chegado, comuns no processo de ambientação, socialização com os demais e aprendizagem das novas tarefas. “Dependendo de como a companhia conduz a situação, as dificuldades são menores, reduzindo o tempo de adaptação. Para isso, é fundamental que o gestor conscientize a equipe sobre a importância de ter alguém em condição diferenciada e que ele chega para contribuir para a melhoria do trabalho e do relacionamento”, conclui o professor.
Fonte: Assessoria