Nesta segunda-feira, 30/10, representantes da Secretaria Municipal de Assistência Social e do Trabalho (Semast) e da Coordenadoria de Mobilidade e Acessibilidade Urbana (CMMAU) receberam alunos do 4º semestre do curso de Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Amapá (Unifap).
O encontro foi para tratar sobre a criação de um aplicativo com acessibilidade, o “Accessibility Macapá”, que os universitários estão desenvolvendo. Eles visam dar maior atenção às pessoas com deficiência, de modo que, ao utilizarem, esse público poderá encontrar mais opções de lugar com acessibilidade, onde será bem recebido.
O aplicativo em questão funciona como um mapa da cidade para pessoas com deficiência e faz a indicação de lugares como hotéis, restaurante e espaços de lazer que possuem acessibilidade. O aplicativo possui 4 botões, sendo eles: home, favoritos, categorias e busca, com mais opções de lazer, entretenimento. Além disso, a ferramenta ainda contará com um sistema de avaliação dos lugares, que funcionará como referência, e até mesmo um incentivo para que os estabelecimentos possam melhorar no que diz respeito à acessibilidade.
Mais de 45,6 milhões de brasileiros declararam ter alguma deficiência, segundo dados do Censo Demográfico 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número representa 23,9% da população do país. A deficiência visual foi a que mais apareceu entre as respostas dos entrevistados e chegou a 35,7 milhões de pessoas. Pelo estudo, 18,8% dos entrevistados afirmaram ter dificuldade para enxergar, mesmo com óculos ou lentes de contato. De acordo com o IBGE, 28% dos amapaenses têm alguma deficiência.
“Não é novidade dizer que essas pessoas enfrentam desafios diários, inclusive, na questão da comunicação. Daremos todo suporte necessário para que a gestão municipal, junto com os acadêmicos, possa promover essa parceria com o objetivo de ajudar as pessoas com deficiência”, enfatizou o titular da Semast, Lucas Abrahão.
Os criadores do aplicativo, Evelyn Auzier, Amanda Fernandes e Jean Tourinho, disseram que o objetivo inicial era para que participassem do acampamento de programação Campus Mobile, mas a ideia ganhou uma proporção maior. “Porque surgiu o desejo de ajudar, de alguma forma, as pessoas com deficiência. Estas, que são tão esquecidas pela sociedade, mas que assim como qualquer pessoa tem o seu valor e merecem ser lembradas. Mas era uma ideia interna e ganhou forma, por isso, fomos atrás da prefeitura com o propósito de oferecer esse serviço”, informou Evelyn Auzier.
O titular da CMMAU, Jodoval Farias, ficou bem animado com a parceria e ajudará os acadêmicos com algum espaço com ou sem acessibilidade, catalogado pela Coordenadoria de Acessibilidade.
Fonte: Chico Terra