Cerca de 80% dos problemas de visão poderiam ser evitados ou curados

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No Dia Mundial da Visão, comemorado nesta quinta-feira (10), a Organização Mundial da Saúde alerta que existem 39 milhões de cegos no mundo e que 80% dos problemas de visão podem ser evitados ou curados se forem tomadas as medidas necessárias.

Segundo a OMS, cerca 246 milhões de pessoas sofrem com perda moderada ou severa da visão, 90% delas em países em desenvolvimento.

A agência calcula que 19 milhões de crianças com menos de 15 anos tenham problemas visuais. Desse total, 12 milhões sofrem de condições que poderiam ser facilmente diagnosticadas e corrigidas. Quase 1,5 milhão destas crianças nunca mais voltarão a enxergar e de 30% delas vão morrer antes de completar dois anos de idade.

O diagnóstico precoce de problemas visuais é particularmente importante para crianças dos países em desenvolvimento, que sofrem com os reflexos da desnutrição combinada com doenças infecciosas. Na África Subsaariana milhares de bebês não recebem vitamina A suficiententemente. A falta desta vitamina é a maior causa conhecida de perda irreversível de visão.

A ONG "Light of the World", parceira da OMS no combate à cegueira, envia suplementos de vitamina A para a África na tentativa de salvar as crianças do problema.

Segundo a organização, cada catástrofe alimentar na África acarreta uma onda de cegueira. A falta de água e a fome também são causas da perda da visão, especialmente entre mulheres e crianças.

Esforço Mundial
Mesmo com registro de quedas nos índices desde 1990, a OMS afirma que é necessário um esforço mundial para reverter o cenário atual. Durante a Assembleia Mundial da Saúde foi aprovado um plano de ação para o acesso universal à saúde visual, que deve ser implementado pelos países membros. O objetivo é reduzir em 25% os problemas visuais até 2019.

Um destaque neste plano são as cirurgias de catarata. A agência da ONU afirma que a cirurgia, a mais realizada em países industrializados, é uma das mais eficazes e a que tem o tratamento com o melhor custo-benefício.

Fonte: Jornal do Povo de Três Lagoas

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