Cresce o acesso da pessoa com deficiência ao ensino superior no País

Inep aponta que de 2004 e 2014 as matrículas aumentaram 518,66%. Entretanto, do total de ingressos nas instituições elas representaram só 0,42%.

Ícone que representa um capelo, ou chapéu de formatura, em fundo roxo.
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A Convenção das Nações Unidas (ONU) sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência define em seu artigo 1º: “Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas”.

Em Mato Grosso do Sul, pessoas como Rosa Cristina dos Santos Dalmazo, de 36 anos, Geraldo Júnior Duarte Brites Cabreira, de 23 anos, e Victor do Nascimento Teixeira, de 19 anos, estão lutando para superar as barreiras mencionadas pela ONU, e assegurar uma participação plena na sociedade. Para os três, o ensino superior é um marco nesta trajetória.

Rosa, ou simplesmente Rosinha, como é carinhosamente chamada por todos no Centro Especializado em Reabilitação da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Cer/Apae), em Campo Grande, onde trabalha há mais de dez anos, não somente atingiu esse marco, como o superou. Ela é graduada em Pedagogia, pela Uniderp, de Campo Grande, e tem pós-graduação em Psicopedagogia, pelo instituto de ensino Libera Limes.

Ela tem uma síndrome que não pode ser diagnosticada pelos médicos e que causa hipotonia muscular, ou seja, a diminuição do tônus muscular e da força, além de um grau de miopia muito alto. Os problemas, segundo ela, atrasaram sua entrada na escola, ainda em Tupã, no interior de São Paulo, mas nunca impediram que depois tivesse um bom desempenho escolar.

“Demorei para entrar na escola porque tive dificuldades para andar. Tinha os pés tortos e caia muito. Não podia correr. Além disso, aos seis anos já tinha seis graus de miopia. Via meus irmãos indo para a escola e sentia muita falta de estudar, tanto que quando entrei na escola [um colégio convencional], me esforçava muito. A visão sempre foi o maior problema. Tinha dificuldades para copiar as matérias do quadro, por isso, sempre sentava na frente e prestava muita atenção na explicação do professor”, lembra, completando que graças a esse empenho sempre foi a primeira ou esteve entre as primeiras da turma.

Confira o restante da matéria no site do G1.

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