O número de jovens com deficiência em salas de aula comuns teve um aumento significante entre 2005 e 2015. De acordo com o Censo Escolar, do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), a presença de estudantes especiais cresceu 6%, subindo de 114.834 para 750.983.
No primeiro ciclo do Ensino Fundamental, os alunos com deficiência correspondem a 2,9% do total de matrículas, proporção que diminui para 1,8% na segunda etapa deste nível de ensino e atinge apenas 0,8% no Ensino Médio.
O crescimento pode ter uma ligação com as mudanças na legislação e com a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, aprovada em 2008. Em junho de 2016, o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou a proibição de escolas cobrarem taxas extras na mensalidade de crianças com deficiência.
Os dados do Inep, destacam que em 2015 haviam 930.683 alunos com deficiência e transtornos globais de desenvolvimento no ensino regular e no EJA (Educação de Jovens e Adultos).
Entre esses alunos, 81% estudavam em escolas comuns e apenas 19% nos colégios ou salas exclusivas para pessoas com deficiência. Em 2005, o quadro era completamente diferente, somente 492.908 pessoas com necessidades especiais estudavam no país.
Apesar do aumento do número de crianças com deficiência nas salas de aula, ainda existem dificuldades a serem superadas para que a inclusão ocorra de forma completa. É comum encontrar, por exemplo, professores sem formação específica para ensinar alunos com necessidades especiais, excesso de alunos por sala, desconhecimento sobre as características das deficiências e falta de infraestrutura nos locais de ensino.
Fonte: Minha Vida