Lar que cuida de crianças e adultos com deficiência procura voluntários

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Um abrigo que cuida de crianças e adultos com deficiência em Salvador está a procura de médico neurologista voluntário há mais de um mês. O Lar Vida, que fica no bairro Novo Marotinho, cuida de crianças autistas, com síndrome de down e má formação do cérebro. Cerca de 113 pessoas vivem no abrigo, desde recém-nascidos a adultos com 35 anos.

Eles foram encaminhados para o abrigo pelo juizado da infância e juventude. Todos têm alguma necessidade especial. O nome do local significa Valorização Individual do Deficiente Anônimo (VIDA) e depende da ajuda e ação de voluntários. "Eles nos orientam, tem alguns que fazem o papel de psicólogos, porque às vezes estamos em uma situação e a gente desabafa com eles. Tem certo afeto também", disse Felipe dos Santos, de 20 anos. Para ajudar a instituição, basta acessar o portal Lar Vida.

Cristina Caldas foi quem fundou o abrigo em abril de 1985. "Eu quis disponibilizar o que eu aprendi com meus filhos, ser mãe. E tem muita gente que quer muito ter uma mãe e que não tem por situações que a gente não avalia", conta.

A presidente do Lar Vida procurou ajuda de voluntários para abraçar a causa. Maria Lúcia de Freitas é uma das cozinheiras do abrigo. "Adoro ficar aqui. É uma coisa maravilhosa. O tempo passa que eu nem sinto. E eu não quero receber nada, só carinho, amor. É gratificante a gente ver essas crianças aqui", relata.

O médico Manoel Góes é outro voluntário. Ele já operou dois jovens do Lar Vida e deve operar mais duas pessoas em breve. Sempre que há necessidade, ele está disposto a ajudar. "Eu sendo cirurgião não tenho como fugir dessa obrigação. Acabei trazendo essa responsabilidade para mim também", conta o angiologista.

Mas o abrigo precisa com urgência de um neurologista voluntário. Há um mês o Lar Vida está sem o auxílio desse tipo de especialista. Um profissional que é indispensável para o acompanhamento desses pacientes. "Eu preciso muito de um neurologista. Eu preciso de pessoas que mantenham, porque esses menininhos têm a vida super frágil", alerta Cristina Caldas.

"A gente tem 40 a 50 crianças acamadas, com deficiência e com alteração neurológica, algumas. Essas alterações neurológicas causam convulsão e essas convulsões precisam ser tratadas com medicamento. E esses medicamentos precisam ser prescritos e acompanhados por um neurologista", explica Manoel Góes.

Enquanto a ajuda de um neurologista não chega, o remédio que não falta na casa é o amor. O sentimento contagia os voluntários como seu Valdevir Morello. Ele conheceu o Lar Vida em 2001. Ele se afastou por dois anos, mas não aguentou de saudade e voltou. "Parece que isso aí é realmente, a gente tem uma dívida aqui porque realmente é do coração", conclui.

Fonte: G1

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