Confira a matéria do G1 sobre as dificuldadfes enfrentadas por uma cadeirante para exercer a sua cidadania:
A cadeirante Expedita Correia da Silva, de 61 anos, demorou cerca de 30 minutos para encontrar uma vaga para estacionar próximo à EMEF Regina Maria, no bairro Agenor de Campos, em Mongaguá, no litoral de São Paulo. O problema ocorre todos os dias, não só na cidade. Segundo a aposentada, a acessibilidade deveria ser tratada com muito mais respeito.
“Meu marido demorou quase 30 minutos para estacionar o carro. Tudo porque havia um carro da Ciretran estacionado na vaga para cadeirantes, o que, sabemos, é totalmente irregular. Isso, infelizmente, é comum no nosso dia a dia”, disse a aposentada, que é cadeirante desde 2003.
Cansada de passar por isso, a cadeirante enalteceu a importância do voto, e espera por mudanças no país. “Até para a gente sair de casa é difícil. Tivemos problema para estacionar, mas o acesso ao colégio foi tranquilo e não tive problemas para votar. Estou aqui hoje para ajudar a mudar e, quem sabe, com o voto, eliminar essa corrupção no nosso país. Porque do jeito que está, não pode ficar”, diz.
Segundo ela, muita coisa precisa ser mudada. “Não só a acessibilidade, mas o respeito para com os cadeirantes. Aqui em Mongaguá, até para conseguir uma consulta é difícil. Eu fiz um agendamento no ano passado, para sair neste ano. Falta médico, falta atenção e, acima de tudo, respeito. A gente chega aos lugares e é encaminhado para a fila. Isso não existe. Além de enfrentar os problemas do dia a dia, temos que enfrentar o preconceito. Temos que mudar esse sistema”, concluiu.
A EMEF Regina Maria fica no Agenor de Campos, o maior bairro residencial de Mongaguá. A escola conta com o maior colégio eleitoral da cidade, com 3.248 eleitores.
Foto: G1