“O meio é deficiente, não as pessoas”, diz secretário adjunto da Pessoa com Deficiência

Dudu Braga reforça o avanço que a Lei Brasileira de Inclusão traz, mas enfatiza a convenção da ONU sobre os direitos das pessoas com deficiência

Dudu Braga está em um cenário de TV, usando camisa roxa e sorrindo.
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Em janeiro de 2016, entrou em vigor a Lei Brasileira de Inclusão (LBI), também chamada de Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/2015). Uma das principais inovações do texto é ampliar a autonomia da pessoa com deficiência.

Dudu Braga, secretário adjunto na Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (SMPED), reforça o avanço que a legislação traz, mas cita, com ênfase, a convenção da Organização das Nações Unidas sobre os direitos das pessoas com deficiência.

“Ela estabeleceu uma coisa tão simples e tão prática para nós, pessoas com deficiência: o meio é deficiente, não as pessoas. A partir do momento que há rampas, sinalização em braile, a deficiência não existe. A lei brasileira segue esse contexto, somos signatários”, pontua.

A SMPED trabalha em conjunto com as demais secretarias para que a inclusão seja efetiva dentro da prefeitura como, por exemplo, educação e transporte inclusivo. Como principal ação própria, há a Central de Interpretação de Libras (CIL), para qualquer pessoa surda, surda-cega ou com deficiência auditiva.

“Ela precisa se comunicar e um atendente dificilmente terá capacitação em Libras e saber se comunicar em sinais. Nem toda pessoa com deficiência auditiva, principalmente se não for ouvinte, tem capacidade de entender o português como a gente entende, mesmo na forma escrita. Por isso, é necessária intermediação”, diz Fábio Siqueira, responsável pelo departamento de comunicação institucional. A intermediação pode ser por aplicativo, vídeo com intérprete ou fisicamente.

Dudu também ressalta a importância da imprensa no processo de inclusão. “A pauta do nosso dia a dia é gerada pela imprensa, o que é importante se discutir ou não. Esse olhar mais atento vai ajudar a evoluir e estabelecer um conceito mais positivista para as pessoas com deficiência, e não aquele olhar arcaico de coitadinho, que já está ficando pra trás”.

Com esse raciocínio, cita o projeto em andamento chamado “Imprensa Jovem”, que é estar presente nas escolas para que os alunos tenham atividades de rádio, jornal. Além disso, há a ideia de que produzam pequenos documentários com a visão sobre a questão da pessoa com deficiência.

Fórum Cobertura Paraolímpica

O “Fórum Cobertura Paraolímpica”, idealizado por IMPRENSA com o apoio do curso de jornalismo da ESPM São Paulo, aconteceu no dia 24 de junho. Confira a cobertura completa do evento e mais informações sobre os Jogos Paraolímpicos no site: www.portalimprensa.com.br/coberturaparaolimpica/home.asp.

Fonte: Portal Imprensa

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