Uma comunidade virtual para familiares, cuidadores e pessoas com deficiência desenvolverem interações diretas e mediadas visando à produção de conhecimento sobre as condições das deficiências, inclusão social e digital e compartilhamento de informações e experiências cotidianas. Assim se define a Plataforma D-Eficiência, que será apresentada na próxima quarta-feira, 20 de junho, a partir das 10h, no Auditório A-102, do Centro de Atividades Didáticas 2 (CAD 2).
“O espaço construído a partir e em torno da plataforma permite uma interação dinâmica e rápida de pessoas com deficiência, cuidadores especializados, familiares, profissionais da saúde e instituições do Brasil e do exterior que lidam com os problemas associados às deficiências”, explica o professor Dimitri Fazito, do Grupo Interdisciplinar de Análise de Redes Sociais (Giars), do Departamento de Sociologia da Fafich, e subcoordenador do projeto.
Além da UFMG, estão envolvidas na plataforma as universidades federais do Pará (UFPA) – onde a coordenação nacional do projeto está sediada – e do Oeste do Pará (Ufopa), Estadual do Maranhão (Uema), USP Ribeirão Preto e Universidade Tecnológica de Dortmund (Alemanha). Cada instituição coordena ações específicas na rede e orienta trabalhos de mestrado e doutorado a ela relacionados.
O projeto é financiado pela Secretaria Nacional de Direitos Humanos, Capes e Ministério da Ciência e Tecnologia. Lançada em 2017, a Plataforma D-Eficiência é projeto piloto desenvolvido para atender a edital da Capes que financia o desenvolvimento de tecnologias assistivas para atender conjuntos mais amplos de pessoas com deficiências.
A participação no evento é gratuita e dá direito a certificado. Para se inscrever, o interessado deve encaminhar seus dados (nome, instituição, e-mail e telefone) para o correio inclusaodeficienciabh@gmail.com.
Redes de apoio
Os professores Dimitri Fazito e Silvio Salej, também do Giars, são subcoordenadores do projeto na UFMG e trabalham com as questões relativas às redes de apoio social às pessoas com deficiência.
“Originalmente, a ideia era focar apenas nas famílias e cuidadores das pessoas com deficiência por lesão medular e mielo, mas as coisas foram mudando e o escopo ampliou-se. Estamos começando a ter acesso a dados e informações de pesquisa sobre as redes sociais e interpessoais, inclusive da rede virtual do D-Eficiência”, explica Fazito.
Segundo ele, a intenção é produzir estudos sobre atividades no âmbito digital desenvolvidas por pessoas com deficiêntes, seus familiares e cuidadores, além de profissionais de saúde e instituições. “Queremos saber como essas pessoas se conectam e usam suas redes para ajudar a resolver problemas relacionados às deficiências”, afirma o professor do Departamento de Sociologia.