O projeto “Benguela” visa o desenvolvimento motor e cognitivo de seus frequentadores por meio da prática da capoeira, assim como os programas de reabilitação, capacitação e inclusão profissional, que já são ofertados na unidade de Joinville (SC). Os adolescentes recebem aulas de capoeira quatro vezes na semana e segundo a coordenadora da Apiscae, Sandra Maria Pedrelli, já são visíveis as transformações pelas quais eles estão passando. “A capoeira é um esporte completo. Eles desenvolveram muito a parte motora e também a social", afirma.
De acordo com a coordenadora, além dos benefícios corporais, a capoeira também os ajuda no reconhecimento deste exercício, como uma atividade de expressão cultural brasileira. "É um benefício para eles, além da atração por uma atividade folclórica", destaca.
O projeto vem se mantendo durante este tempo, com recursos do FIA (Fundo da Infância e Adolescência de Joinville), que liberou R$ 17 mil. O CMDCA (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente) é quem fiscaliza e faz visitas periódicas na unidade para acompanhar esta atividade.
O FIA mantém os projetos por um determinado tempo. O presidente do CMDCA, Robson Duvoisin, explica que os recursos servem para que o projeto seja implantado como uma incubadora. Depois um determinado período, o projeto deve procurar outros parceiros para que, segundo ele, se mantenha o conceito de sustentabilidade. “A entidade tem que se manter após o término do recurso, isso já deve vir especificado no projeto”, explica.
E é isso que a coordenação da Apiscae está trabalhando agora. Na busca por parceiros que queiram apoiar o projeto. “Nós não temos como manter sozinhos, precisamos cuidar da manutenção do projeto”, aponta Sandra. A coordenadora se refere a compra de abadás e também transporte, por que o grupo faz apresentações para a comunidade fora da associação.
Apiscae
A Apiscae é uma sociedade civil de duração ilimitada e sem fins lucrativos, fundada em 1998. Ela atua na promoção de medidas que visem assegurar o bem-estar do adolescente e jovem que apresentam situações diferenciadas de aprendizagem. Atualmente, a associação atende 65 famílias, sendo que 28 pessoas com deficiência estão no mercado de trabalho, 20 inseridas no ensino regular e 30 em processo de capacitação para o mercado de trabalho.
Fonte: Notícias do Dia