Primeiro banco de imagens que retrata a diversidade brasileira é lançado pela Talento Incluir

Site reúne imagens reais de pessoas brasileiras com deficiência, negras e de diferentes faixas etárias

Foto de uma mulher com deficiência visual em um escritório. Ela está com a mão direita no teclado de um telefone fixo enquanto a esquerda segura o fone na orelha. Ela sorri.
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De acordo com uma pesquisa realizada pela Getty Images e YouGov, com mais de 5 mil participantes de 26 países, mais de 60% das pessoas entrevistadas se sentem discriminadas por comerciais. Atenta a esse cenário e com o intuito de colaborar com o aumento da diversidade e representatividade em campanhas publicitárias e demais peças de comunicação visual, o Grupo Talento Incluir – ecossistema da diversidade e inclusão com foco em pessoas com deficiência, pioneiro no Brasil – acaba de lançar o UinStock, primeiro banco de imagens em plataforma digital para a produção e venda de imagens de diversidade da população brasileira.

O banco nasce com mais de 400 fotos e com a perspectiva de alcançar 3 mil imagens nos próximos meses que retratem a diversidade brasileira real de norte a sul, abrangendo as interseccionalidades que incluem: pessoas com deficiências de todos os tipos, gerações (50+), gênero, raça e regionalidades.

“Nosso propósito com o lançamento da UinStock é contribuir para a mudança do cenário que retrata a diversidade real do Brasil com ambientação verdadeiramente brasileira, por meio de um negócio digital inclusivo. Queremos ser uma alternativa autêntica para marcas, empresas ou qualquer um que precise de imagens reais da nossa gente”, destaca Márcia Barreto, head do UinStock.

Para evitar o cripface – uso de imagens que distorcem a realidade da pessoa com deficiência

O uso de imagens reais é uma iniciativa de inclusão importante e que visa suprimir a chamada “cripface”, uma prática capacitista em que os personagens com deficiência são interpretados por atores sem deficiência. Essa atividade, além de não representar a realidade, exclui ainda mais os atores com deficiência dessa atividade.

A expressão surgiu nos EUA e é derivada da junção de duas palavras em inglês: crippled (sinônimo de disable, que significa deficiência) e face (rosto). É inspirada em outra expressão que também é de origem norte-americana, o Blackface, quando artistas brancos pintavam o corpo e o rosto de preto para representar pessoas negras.

É “cripface” quando:

– Pessoas sem deficiência interpretam papéis de pessoas com deficiências em novelas, séries, filmes e propagandas. Quantos mais isso acontece, menos atrizes, atores e modelos com deficiências reais serão formados e ganharão espaço nesse mercado de trabalho;

– Não basta estar em uma cadeira de rodas. Existem características físicas que as pessoas cadeirantes apresentam, como os músculos dos braços mais fortalecidos e as pernas mais finas. Além disso, é muito comum fotos com pessoas em cadeiras de rodas hospitalares, bem diferentes e com menos recursos que as cadeiras de rodas para utilização de pessoas com deficiência;

– Deficiências intelectuais – também é cripface quando um artista sem deficiência intelectual interpreta um personagem com esse tipo de deficiência. Por muitas vezes, a interpretação acaba sendo caricata e até ofensiva. O mesmo ocorre com pessoas com outras deficiências, como visual, auditiva e nanismo.

Com informações de assessoria de imprensa

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