Estudantes do primeiro período do curso de Jogos Digitais da Universidade Veiga de Almeida (UVA), do Rio de Janeiro, desenvolveram dois jogos dedicados especialmente para pessoas com deficiências auditiva e visual.
No jogo desenvolvido para surdos, o jogador pode aprender uma partitura e reproduzir músicas mesmo sem conseguir ouvir. Particularidades das pessoas com deficiências auditivas, como condutiva, sensório-neural, mista e central, foram levadas em consideração na produção das fases do game.
Já no outro jogo, produzido para cegos e com baixa visão, o participante vivencia uma experiência divertida e imersiva, contando com recursos auditivos que estimulam a imaginação. As ferramentas utilizadas ampliam as capacidades de localização e lateralização sonora, que são importantes para o aprimoramento da locomoção intuitiva, ajudando, portanto a melhorar as capacidades locomotoras.
O estudante Igor Leonardo dos Santos, de 24 anos, conta que, além de pesquisa acadêmica, ele também fez exercícios de aprendizagem indicados para surdos, para entender melhor o processo. “Foi maravilhoso e ao mesmo tempo difícil. Para pensar numa mecânica de jogo que pudesse entreter e educar, foi preciso nos colocar no lugar de uma pessoa com deficiência e entender todas as suas dificuldades“, conta.
Já Antonio Carlos Rodrigues da Silva, de 20 anos, se dedicou à pesquisa do universo das pessoas com deficiência visual e suas variações, como apenas um olho, cegueira parcial, total e pouca perda de visão. O objetivo era construir um jogo que usasse integralmente o estímulo auditivo.
“Durante meu processo de estudo, observei que muitos cegos se sentem tristes ao jogar por não terem a mesma experiência que uma pessoa não deficiente. Nossa prioridade, portanto, era fazer com que ele não sentisse essa diferença“, ressalta.
Para acessar os jogos, clique nos links: Mind Miner in Dark, True Colors e Labirinto.
Fontes: Diário do Rio e UVA.